A (nada) paradoxal relação entre tecnologia e mão de obra terceirizada

13 de janeiro de 2025
Por: Daniel Felício

Engana-se quem pensa que a revolução tecnológica passa longe do segmento de serviços terceirizados, que congrega diversas atividades intensivas em mão de obra operacional, como a limpeza profissional. Esta, por sua abrangência e essencialidade, está em constante evolução, seja em inovações tecnológicas ou comportamentais.

Elementos como big data, inteligência artificial, softwares de performance, controle, tecnologia de mobilidade e aperfeiçoamento pessoal e profissional já fazem parte do dia a dia das grandes empresas do setor, que investem cada vez mais nos processos e nas pessoas por meio de ferramentas e aplicações que melhoram a gestão do negócio em todos os aspectos (gerencial, ambiental, social e de governança), elevam a eficiência e a produtividade na operação e contribuem para o desenvolvimento da capacidade técnica e da saúde mental dos colaboradores.

A estruturação dessas ações, projetos e parcerias estratégicas para o setor faz parte do trabalho do SEAC-MS, entidade integrante do sistema sindical confederativo que representa no Estado de Mato Grosso do Sul uma categoria com mais de dezesseis mil profissionais distribuídos em mais de uma centena de empresas. São postos de trabalho que demandam conhecimento, habilidades e competências que estão sendo alcançados através das tecnologias emergentes disponíveis.

Dentro dessa estrutura sindical, o Instituto PROFAC é o braço responsável pelos projetos de tecnologia, inovação e desenvolvimento humano, atuando em linha com parceiros nacionais e globais como ISSA, FACOP e ABRALIMP. Só em 2024 o PROFAC gerou mais de dois mil atendimentos e capacitações, possibilitando às empresas e seus profissionais o acesso a tecnologias e soluções voltadas a gestão (plataformas digitais de RH Operacional, Monitoramento e R&S), treinamento (capacitação em trilhas nas modalidades presencial e EAD com modelo pedagógico próprio, além de ambientes simulados para a prática), engajamento e aperfeiçoamento (plataforma de gamificação), caminho profissional (mapeamento de perfil comportamental e plano de carreira), bem como a conhecimento e conexões (missões empresariais à Higiexpo – maior feira tecnológica da limpeza profissional na América Latina).

Essa transformação digital reconfigura todo o mercado de trabalho, mas também nos mostra que mesmo carreiras mais básicas e que exigem um nível de especialização menor não serão extintas, mas reformuladas. Novas competências serão exigidas dos profissionais, que precisarão desenvolver uma combinação de habilidades técnicas e competências transversais, como alfabetização digital, pensamento crítico e resolução de problemas, criatividade e inovação, aprendizado contínuo e, claro, inteligência emocional.

*Por Daniel Amado Felicio, diretor da Febrac e Presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de MS

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